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   Foto: Berndt Klyvare 

 

 

 

TARDE NA TERRA (1932)

 

AS FLORE DORMEM

 

APOTEOSE

 

CANTO DOS BARQUEIRO

(1941)

 

CREIO NO HOMEM

 

NON SERVIAM (1945)

 

NON SERVIAM

 

NON SERVIAM

 

Sou um estranho nesta terra

mas esta terra não é estranha em mim!

Não estou em minha casa nesta terra

mas esta terra porta-se como se, em mim, estivesse em sua casa!

 

Tenho nas minhas veias um copo cheio

de um sangue para sempre indiluível!

E sempre em mim o judeu, o lapão, oartista

procurarão sua afinidade sanguínea: na escrita pesquisar

no solo ermo fazer um desvio para a pedra sagrada

em veneração muda por uma coisa esquecida

cantar contra o vento: Selvagem! Negro! –

investir gritando contra a pedra: Judeu! Negro! –

for a da lei e submetido à lei:

preo na deles, na dos broncos, e no entanto

- louvada seja a minha lei – também na minha!

 

Assim tornei-me um estranho nestra terra

mas esta terra instalou-se em mim!

En não posso viver nesta terra

mas esta terra vive em mim como veneno!

 

Uma vez na rude Suécia

das breves, brandas, pobres horas

aí foi a minha terra! Era-o em toda a parte!

Aqui nesta Suécia estreitamente protegida

das longas horas bem nutridas

onde tudo é protegido das correntes de ar … tenh frio.

 

 

Gunnar Ekelöf: Antologia Poética. Tradução de Ana Hatherly e Vasco Graça Moura. Quetzal editors, Lisboa, 1992, p. 25

 

 

 

 

1_SWD 2_UNK 3_GER 7_FIN 7_FIN 10_ITA

7_FIN 7_FIN 7_FIN 6_ARA

 

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